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porto velho, sexta-feira 29 de novembro de 2024
Cacoal - RO - Na madrugada desta sexta-feira (24), o Governo de Rondônia, por meio da Secretaria de Estado da Saúde, enviou uma equipe de médicos para auxiliar nas atividades voltadas ao enfrentamento da Covid-19 em Cacoal. Os médicos atuarão diretamente no tratamento dos pacientes acometidos pela doença.
Na semana em que Cacoal superou 600 casos confirmados de Covid-19, os boletins divulgados diariamente pela Prefeitura tem assustado os moradores do município. O aumento no número de casos ativos de Covid-19 mostram que, desde o início da pandemia, este é o momento em que a doença ocasionada pelo novo coronavírus se mostra mais presente na “Capital do Café”.
No Boletim da última quinta-feira (23), haviam 140 cacoalenses em tratamento contra a doença. De acordo com alguns médicos que se manifestam através das redes sociais, este seria o momento correto para o município tomar medidas mais rígidas. “O vírus está circulando mais do que nunca. São cerca de 150 pessoas contaminadas nesse momento, então o risco nunca foi tão grande”, disse uma médica. Do total de 140 casos ativos da doença, 129 estavam em tratamento domiciliar e 11 internados, cinco deles em Unidades de Terapia Intensiva.
Além do número de casos ativos de Covid-19 em Cacoal, nestes últimos dias a saúde pública entrou em colapso, como dizem alguns. Mais de 70 servidores do Heuro, por exemplo, foram afastados de suas funções por suspeita ou diagnóstico confirmado da doença. Na segunda-feira, haviam 39 técnicos em Enfermagem, 14 enfermeiros, 09 médicos clínicos, 04 cirurgiões e 06 fisioterapeutas afastados.
“O número reduzido de trabalhadores da área da saúde tem obrigado médicos e outros profissionais a cumprirem plantão de 48 e até 96 horas. Pacientes que aguardam por procedimentos cirúrgicos estão morrendo porque não tem médicos para realizar cirurgias”, relatou o deputado Cirone Deiró, durante a sessão da Assembleia Legislativa de terça-feira (21). De acordo com o parlamentar, não há que se falar em aumento de leitos para o Complexo Hospitalar de Cacoal, sem antes resolver as questões relacionadas à falta de servidores.
Outro número divulgado através dos boletins diários e que assustou a população de Cacoal foi o total de óbitos registrados. Em dois dias, entre 18 e 21 de julho, quatro cacoalenses morreram vítimas da Covid-19. Cacoal soma agora 11 mortes pela doença.
Na quarta-feira (22), a Prefeitura de Cacoal chegou a divulgar um Mapa Epidemiológico da Covid-19, que mostra a evolução semanal dos casos positivos da doença. Entre a 27ª e a 28ª semana, o número de casos registrados saltou de 77 para 155 casos ativos ao longo da semana.
A equipe do jornal Tribuna Popular entrou em contato com a Assessoria de Imprensa da prefeita Glaucione Rodrigues, que destacou que algumas medidas estão sendo adotadas para conter o avanço da doença e a possibilidade de Lockdown não foi descartada. Com a alta taxa de ocupação dos leitos de UTI e enfermarias lotadas, apenas cinco dias após ter assinado o decreto pela liberação, a prefeita voltou atrás e restringiu o consumo de bebidas alcoólicas nos estabelecimentos. O objetivo é reduzir a aglomeração de pessoas neste que tem sido encarado como o pior momento da pandemia em Cacoal.
Antes que seja necessário adotar efetivamente o Lockdown para que a propagação do novo coronavírus fuja do controle, a prefeita tem conclamado à população para que se conscientize da seriedade do momento. “Estamos numa guerra e mudamos as estratégias conforme avança a doença. E nesse momento quero pedir à população, que é hora de recuar. Somente sair de casa a força de trabalho! Vamos proteger os idosos e nossas crianças e juntos vamos vencer essa batalha”, enfatizou.
REFORÇOS
Na madrugada desta sexta-feira (24), o Governo de Rondônia, por meio da Secretaria de Estado da Saúde, enviou uma equipe de médicos para auxiliar nas atividades voltadas ao enfrentamento da Covid-19 em Cacoal, atendendo a 2ª Macro Região de Saúde. Os médicos atuarão diretamente no tratamento dos pacientes de Covid, uma vez que muitos profissionais foram afastados de suas atividades pela suspeita ou diagnóstico da doença.