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    porto velho, quarta-feira 27 de novembro de 2024

Moraes manda PGR opinar sobre 'atuação direta' de Bolsonaro, apontada pela PF

Ministro também determinou que as provas sobre uma 'live' do presidente com ataques às eleições


g1

Publicada em: 14/02/2022 16:56:37 - Atualizado

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou nesta segunda-feira (14) que a Procuradoria-Geral da República se manifeste em 15 dias sobre a conclusão da Polícia Federal de que o presidente Jair Bolsonaro teve uma atuação "direta e relevante" para gerar desinformação sobre o sistema eleitoral.

Após ser notificada, a PGR terá que dizer:

  • se há elementos ou não para denunciar o presidente,
  • se é o caso de estender as investigações, ou
  • se recomenda o arquivamento do processo.

Se optar por denunciar o presidente, caberá à Câmara dos Deputados avaliar se autoriza a análise da denúncia pelo STF. Caso o STF seja autorizado e entenda que a denúncia é cabível, o presidente pode se tornar réu no Supremo pela conduta.

No despacho desta segunda, Moraes também decidiu:

  • autorizar que a Polícia Federal utilize, no inquérito das milícias digitais, provas sobre a live em que o presidente Jair Bolsonaro distorceu informações sobre as urnas eletrônicas;
  • determinar o envio dos dados também ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que abriu um inquérito administrativo para apurar os ataques do presidente ao sistema de votação do país.

A decisão do ministro do STF ocorre após a Polícia Federal ter afirmado que o presidente Bolsonaro teve uma atuação "direta e relevante" para gerar desinformação ao divulgar fake news e vazar um inquérito sigiloso, ainda não concluído, sobre o sistema eleitoral brasileiro.

Segundo a delegada da PF Denisse Ribeiro, Bolsonaro teria aderido "a um padrão de atuação já empregado por integrantes de governos de outros países".


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