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    porto velho, quarta-feira 27 de novembro de 2024

Justiça decreta prisão de empresários que davam golpe em investidores

Sócios da empresa colocavam dinheiro nas próprias contas, mas diziam para clientes que corretora havia bloqueado transações


R7

Publicada em: 04/04/2022 15:25:15 - Atualizado


BRASIL - A Polícia Civil realiza, na manhã desta segunda-feira (4), uma operação contra o esquema de uma empresa de investimentos em criptomoeda, no Rio de Janeiro. Serão cumpridos dois mandados de prisão e nove de busca e apreensão. Os alvos da ação são empresário Sadraqui de Freitas e o ex-pastor Nathan Assis de Oliveira, sócio do empreendimento.

De acordo com as investigações da 76ª DP (Niterói), a empresa atuante no município da região metropolitana causou prejuízo a milhares de investidores de todo o Brasil.

Os agentes cumprem os mandados de busca também em endereços nobres em São Gonçalo e em bairros da zona oeste da capital (Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes e Itanhangá).

A empresa Alpha Consultoria foi aberta em fevereiro de 2021, mas começou a atrasar o pagamento dos rendimentos aos clientes cerca de dois meses depois. A justificativa era de que uma grande corretora de criptomoedas, onde eram realizadas as supostas operações, havia efetuado o bloqueio das contas da empresa indiscriminadamente.

Após solicitarem informações, os investigadores receberam resposta oficial da corretora em que esclarece que as contas vinculadas tanto à empresa como aos sócios nunca foram bloqueadas, havendo, inclusive, um baixo valor disponível para saque.

Enquanto isso, os agentes identificaram que, em poucos meses, os dois sócios movimentaram mais de R$ 200 milhões em contas bancárias particulares, o que apontou para a prática de um clássico golpe financeiro.

A dupla já tem diversas anotações criminais por estelionato, organização criminosa, associação criminosa, lavagem de dinheiro e crimes contra a economia popular — o dono da empresa tem 30 anotações e o sócio, 24. No entanto, nenhum deles havia sido preso.

    Eles responderão pelos crimes de estelionato, associação criminosa e contra a economia popular. As penas somadas podem chegar a dez anos de reclusão.


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