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porto velho, quarta-feira 27 de novembro de 2024
BRASIL- A Justiça de São Paulo manteve a condenação da vizinha do ex-governador João Doria (PSDB), Alessandra Batah Maluf, a indenizá-lo em R$ 50 mil em uma ação em que a mulher processava Doria por danos morais e pedia indenização de R$ 200 mil. A sentença foi proferida em agosto de 2021, mas Alessandra recorreu da decisão e teve o recurso negado, novamente, na última quinta-feira (28).
Na decisão do desembargador José Carlos Costa Netto, Batah ainda precisa se retratar publicamente em um veículo de imprensa de grande circulação e manifestar arrependimento.
Costa Netto ainda desmentiu a vizinha que, em sua defesa, sustentava que jamais havia divulgado vídeo em que narrava uma festa na residência de Doria ou de seus familiares:
"Destarte, a versão da autora de que não teria postado vídeo informando acerca da existência de festa supostamente promovida pelo filho do governador, ora réu, não se mostra verossímil".
A sentença é resultado de uma reconvenção, é um pedido realizado por quem é processado ao apresentar contestação sobre as alegações do autor na petição inicial.
No dia 5 de março de 2021, Alessandra Batah Maluf compartilhou nas redes sociais filmagem em que dizia que o filho de João Doria, na época governador do estado de São Paulo, estava realizando uma festa na casa da família no Jardim Europa, bairro nobre de São Paulo, quando o estado estava prestes a voltar para a fase mais restritiva do plano de combate ao novo coronavírus.
"Está lotado aí dentro. Festa com som. Ali é a casa do Doria e aqui é o filho. As polícias todas lá para proteger ele e aqui o filho dando festa em plena pandemia. Muito bem. Com música ao vivo, tá? Muito bem. Parabéns. Ele fecha o país, mas o filho está dando uma festa aqui do lado da casa dele", disse a mulher no vídeo.
Dois dias após o vídeo viralizar na internet, o então governador João Doria publicou um comunicado em sua conta do Twitter em que afirmava que faria uma queixa-crime contra Alessandra Batah Maluf por publicar um vídeo fake.
A mulher tentou acionar a Justiça para que Doria removesse das redes sociais a publicação em que ela havia sido citada nominalmente como autora do vídeo que atribuiu ao filho do político a festa com música ao vivo, mas o pedido foi negado.