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porto velho, segunda-feira 25 de novembro de 2024
BRASIL - O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a abertura de um inquérito sobre a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) pelo episódio em que ela perseguiu um homem e apontou uma arma de fogo na direção dele.
O caso ocorreu em 29 de outubro do ano passado, véspera do segundo turno das eleições. Segundo a parlamentar, ela sacou a arma depois de ter sido agredida, xingada e derrubada no chão pelo homem. No entanto, um vídeo que registrou a confusão mostrou a parlamentar caindo após tropeçar.
Na semana passada, Zambelli foi denunciada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com emprego de arma de fogo. Segundo o órgão, a deputada "não detém autorização para o manejo ostensivo do armamento em via pública e em local aberto ao público contra pessoa do povo que não ensejava qualquer mal, ameaça ou perigo concreto à vida ou à integridade física sua ou de terceiro".
Além disso, a denúncia da PGR diz que Zambelli tem porte de arma de fogo apenas para defesa pessoal e que ela "jamais" deveria usar a permissão "para constranger a liberdade de interlocutor e a fazer com ele se desculpe dos seus posicionamentos políticos, preferências eleitorais e supostos atos injuriosos manifestados, ainda que a pretexto de resguardar, em tese, sua honra maculada".
A denúncia da PGR foi enviada ao STF. No documento, o órgão pede que Zambelli seja condenada a pagar multa de R$ 100 mil e que o porte de arma da deputada seja cancelado definitivamente.
O R7 pediu uma manifestação a Zambelli sobre a abertura do inquérito pelo STF, mas não recebeu retorno até a publicação desta reportagem.