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    porto velho, sexta-feira 7 de fevereiro de 2025

Dois russos ex-comandantes do grupo Wagner admitem ter matado crianças e civis na Ucrânia

Em entrevistas em vídeo, os ex-presidiários russos Azamat Uldarov e Alexey Savichev


cnn

Publicada em: 18/04/2023 10:41:31 - Atualizado

MUNDO: Dois homens russos que afirmam ser ex-comandantes do grupo Wagner disseram a um ativista de direitos humanos que mataram crianças e civis durante o tempo em que estiveram na Ucrânia.

As alegações foram feitas em entrevistas em vídeo à Gulagu.net, uma organização de direitos humanos que visa corrupção e tortura na Rússia.

Nas entrevistas em vídeo postadas online, os ex-presidiários russos Azamat Uldarov e Alexey Savichev – ambos perdoados por decretos presidenciais russos no ano passado – descreveram suas ações na Ucrânia durante a invasão russa.

O site não pôde verificar de forma independente suas reivindicações ou identidades nos vídeos, mas obteve documentos penais russos mostrando que eles foram libertados com perdão presidencial em setembro e agosto de 2022.

Uldarov, que parece estar bêbado, detalha como atirou e matou uma menina de cinco ou seis anos.

“[Foi] uma decisão da administração. Eu não tinha permissão para deixar ninguém sair com vida, porque meu comando era matar qualquer coisa no meu caminho”, disse ele.

De acordo com Gulagu.net, os testemunhos foram dados ao fundador e dissidente russo Vladimir Osechkin ao longo de uma semana. Também disse que Uldarov e Savichev estavam na Rússia quando conversaram.

“Quero que a Rússia e outras nações saibam a verdade. Não quero guerra e derramamento de sangue. Você vê que estou segurando um cigarro nesta mão. Segui ordens com esta mão e matei crianças”, disse Uldarov, descrevendo sua motivação para a entrevista.

O Grupo Wagner é uma organização mercenária privada russa que luta na Ucrânia, liderada pelo oligarca russo Yevgeny Prigozhin.

Ele recrutou dezenas de milhares de combatentes das prisões russas, oferecendo liberdade e dinheiro após uma viagem de seis meses. É estimado por oficiais de inteligência ocidentais e grupos de defesa de prisões que entre 40 mil e 50 mil homens foram recrutados.


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