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porto velho, quinta-feira 22 de maio de 2025
MUNDO: O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) afirma que pelo menos 22 pessoas foram mortas em um ataque que atingiu civis que estavam em abrigos no sul de Gaza na sexta-feira (21).
Israel vem intensificando sua operação na vizinha Rafah, onde lançou uma ofensiva no mês passado como parte de sua campanha para desmantelar o Hamas em Gaza.
Após o ataque, um hospital de campanha da Cruz Vermelha nas proximidades recebeu 22 corpos e 45 feridos, informou o CICV.
A Sociedade do Crescente Vermelho Palestino (PRCS) acusou Israel pelo ataque, dizendo que estava lidando com um grande número de vítimas.
As forças armadas israelenses disseram que o incidente estava sendo analisado, mas as investigações iniciais não encontraram “nenhum indicativo” de que estivessem por trás do ataque em Mawasi.
O governo israelense identificou parte de Mawasi — na costa — como uma zona humanitária.
Enquanto isso, o Ministério da Saúde de Gaza relatou o maior número de mortes na Faixa de Gaza em um período de 24 horas desde 9 de junho.
O ministério disse que 101 pessoas foram mortas na quinta-feira (20) e outras 169 ficaram feridas.
De acordo com o comitê da Cruz Vermelha, uma das suas instalações foi danificada no ataque de sexta-feira (21).
Em um post no X, o CICV não atribuiu a responsabilidade pelo ataque, mas disse que “o escritório do CICV — que está cercado por centenas de civis desalojados que vivem em tendas — foi danificado por bombardeios próximos em Gaza”.
“Disparar tão perigosamente perto de estruturas humanitárias coloca em risco a vida de civis e humanitários”, acrescenta a publicação.
O CICV disse que havia “projéteis de calibre pesado” que caíram a poucos metros da instalação e que esse incidente foi um dos vários ocorridos nos últimos dias, depois que balas perdidas atingiram estruturas do comitê.
Ele disse que as partes envolvidas no conflito têm a obrigação de tomar “todas as precauções possíveis para evitar danos aos civis”.