MUNDO: A declaração foi dada pelo vice-premiê e ministro das Relações Exteriores italiano, Antonio Tajani, em uma audiência na Câmara dos Deputados, em meio às acusações da oposição de que a gestão da premiê Giorgia Meloni faz vista grossa para a situação no enclave palestino.

"A população da Faixa de Gaza está pagando há tempo demais um preço altíssimo. Quem paga, como destacado pelo papa Leão XIV, são as crianças, os idosos e os doentes. Essas mortes inocentes ferem nossos valores e indignam as consciências", declarou Tajani em seu pronunciamento.

"A legítima reação do governo israelense a um terrível e insensato ato terrorista [os atentados do Hamas em 7 de outubro de 2023] está assumindo formas absolutamente dramáticas e inaceitáveis", acrescentou o ministro, que cobrou o fim dos bombardeios em Gaza e o retorno pleno da assistência internacional.

"O respeito ao direito internacional humanitário deve ser retomado", destacou. Tajani também ecoou o apelo de Leão XIV por um "cessar-fogo imediato" na Faixa de Gaza e garantiu que o governo italiano "nunca abaixou a guarda para comportamentos israelenses que mereciam censura".

Além disso, o vice-premiê reiterou a defesa da solução dos dois Estados para a guerra no Oriente Médio e reforçou que a expulsão dos palestinos de Gaza "nunca será uma opção aceitável". Por outro lado, cobrou do Hamas a libertação imediata de todos os reféns israelenses remanescentes no enclave.

"Encontrei várias vezes os parentes daqueles que se encontraram no caminho dos terroristas. A eles vai a solidariedade e a proximidade do governo e de todo o país", disse.