A Rússia disse nesta terça-feira (21) que suas condições para a paz na Ucrânia permaneceram inalteradas desde a cúpula de agosto entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente russo, Vladimir Putin, e que não está claro quando uma próxima reunião ocorrerá.

Trump disse repetidamente que quer acabar com a guerra na Ucrânia, a mais mortífera da Europa desde a Segunda Guerra Mundial, embora tenha dito que encontrar a paz tem sido mais difícil do que alcançar um cessar-fogo em Gaza ou terminar o conflito entre a Índia e o Paquistão.

Depois de falar com Putin em 16 de outubro, Trump disse que o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, e o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, se encontrarão nesta semana antes de uma possível cúpula em Budapeste dentro de duas semanas. Moscou não deu nenhum tempo.

Lavrov disse aos repórteres que ficou surpreso com uma reportagem da CNN "sem escrúpulos" que dizia que a reunião entre Rubio e Lavrov havia sido adiada por enquanto e que funcionários não identificados dos EUA sentiam que a Rússia ainda tinha uma "postura maximalista".

"Eu quero confirmar oficialmente: a Rússia não mudou sua posição em comparação com os entendimentos que foram alcançados durante a cúpula do Alasca", disse Lavrov aos repórteres, acrescentando que tinha dito precisamente isso ao Rubio.

Lavrov disse que o lugar e a hora da próxima cúpula Trump-Putin era menos importante do que a substância de implementar os entendimentos alcançados em Anchorage, no Alasca.

O Kremlin disse que não havia uma data clara. "Ouça, temos um entendimento dos presidentes, mas não podemos adiar o que ainda não foi finalizado", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov. "Nem o presidente Trump nem o presidente Putin deram datas exatas."