PORTO VELHO - RO: O número de menores atraídas à prostituição tem aumentado consideravelmente em Porto Velho. No ano passado, a Delegacia Especializada de Proteção à Criança e Adolescente (DEPCA), instaurou 16 inquéritos policiais envolvendo meninas entre 10 e 17 anos.

De acordo com a delegada titular da DEPCA, Cheila Mara, os números em relação a este crime ainda são bastante subnotificados, pois geralmente, a maioria não denuncia porque muitas vezes os infratores são o meio de subsistência da família.

A prostituição infantil tem início, em média, a partir dos 10 anos de idade, porém antes de chegar a essa idade, até chegar a comercialização do próprio corpo, a criança pode ter passado também por outros tipos de exploração sexual, como a pedofilia e a própria prática de abuso sexual.

No entanto, além das questões financeiras, existe uma grave crise de ética e moral, onde o mais importante é que o sentimento das menores seja atingido, não importando como. “A prostituição de uma criança ou de uma adolescente é uma inocência roubada, é importante protegê-los neste sentido”, disse a delegada.

A autoridade policial conta que a delegacia acolhe essas crianças e adolescentes oferecendo a escuta especializada, que geralmente acontece de forma agendada e orienta pais ou responsáveis que fiquem atentos aos mínimos sinais de que suas crianças possam estar sendo abusadas.