VILHENA, RONDÔNIA - Um suposto estelionatário, de 36 anos, foi preso após uma de suas vítimas suspeitar e chamar a Polícia Militar (PM) em Vilhena (RO), no Cone Sul. Conforme a polícia, o suspeito ia até a casa das vítimas, se apresentava como técnico de aparelhos eletrônicos e sócio de uma loja de informática, e oferecia seus 'serviços'. O morador acreditava e entregava o tablet e/ou celular para que o homem consertasse. Porém, nunca mais conseguia o pertence de volta.

A última vítima foi um gerente de uma lanchonete, de 33 anos. Ele contou à PM que o suspeito levou um tablet dele e foi até o local em que trabalhava pedindo dinheiro, alegando que se tratava de um adiantamento.

O homem estranhou e entrou em contato com o verdadeiro proprietário da empresa de informática mencionada pelo suposto técnico. Foi então que ele chamou o dono da loja para ir até a lanchonete se encontrar com o suposto golpista.

Quando o suspeito viu o proprietário da loja, tentou fugir, mas foi impedido por populares. A polícia foi acionada e o prendeu.

Ainda durante a ocorrência, os militares questionaram sobre o paradeiro do tablet que ele havia pego do gerente da lanchonete. O suspeito afirmou que estava guardado dentro da casa dele, e que era usuário de drogas.

Porém, quando chegaram ao local citado, o suspeito mudou de versão e disse que havia deixado o aparelho na casa de um amigo, mas que não sabia informar o endereço.

O caso será investigado pela Delegacia de Polícia Civil do município.

Mais de dez vítimas

Segundo o dono da empresa de informática Marcos Paulo Matias, de 31 anos, da metade do mês de setembro até a última terça, mais de dez pessoas ligaram ou foram até a loja, narrando que entregaram o aparelho eletrônico para o suposto sócio, e que não conseguiram depois obter contato com ele.

A vítima lamenta pelo ocorrido, e diz que a imagem da empresa foi muito prejudicada. “Mesmo ele preso, tem gente que caiu no golpe e não sabe. Aí, sai falando para outros que entregou o aparelho para a loja arrumar e não teve mais informações. Estou há pouco tempo gerenciando esse lugar e fica ainda mais difícil mantermos o negócio depois disso”, desabafou Matias.