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porto velho, quinta-feira 8 de maio de 2025
RONDÔNIA - O servidor público federal Alecsandro de Goes Guedes, lotado no Instituto Federal de Rondônia (Ifro), foi preso nesta terça-feira (6) pela Polícia Federal. Ele estava foragido desde novembro de 2024, quando foi condenado a sete meses e 25 dias de prisão em regime semiaberto por dirigir sob efeito de álcool.
A prisão ocorreu semanas após a divulgação de um levantamento nacional que identificou servidores públicos federais com mandados de prisão em aberto, alguns há meses, sem que fossem capturados. Guedes exercia o cargo de assistente de administração no Ifro desde 2011.
Em nota, o instituto informou que o caso é de natureza pessoal e que não guarda relação com as funções desempenhadas por Guedes. Destacou ainda que não foi oficialmente notificado sobre a prisão, mas que tomará as medidas administrativas cabíveis.
O levantamento, realizado com base em 149 mil mandados de prisão disponíveis para consulta pública, revelou que pelo menos oito servidores federais estavam sendo procurados pela Justiça sem que tivessem sido presos. O caso de Guedes é mais um exemplo da fragilidade no cruzamento de informações entre o Judiciário e os órgãos públicos.
Especialistas ouvidos apontam que a existência de foragidos em cargos públicos escancara falhas estruturais no controle e na gestão de dados. Mesmo diante de mandados em vigor, a perda do cargo público não ocorre automaticamente. Para que isso aconteça, é necessária uma decisão judicial expressa ou a instauração de um processo administrativo disciplinar.
Casos como o de Guedes não são isolados. Em março, outro servidor — um vigilante da Universidade Federal de Mato Grosso — foi preso após a publicação da mesma investigação. Ele havia sido condenado por estupro de vulnerável.
Até o momento, a defesa de Guedes não se manifestou sobre a prisão.