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Justiça absolve enteada por envolvimento na morte de padrasto

Marido de Rafaeli Feliz de Souza, de 28 anos, Jean Brunelli, também foi absolvido. Valdir Guimarães, então de 40 anos, foi encontrado morto na sala de casa ano passado.


G1

Publicada em: 13/06/2019 17:34:06 - Atualizado


VILHENA, RO - A Justiça absolveu Rafaeli Feliz de Souza, de 28 anos, e Jean Carlos Tavares Brunelli, de 26 anos, das acusações de envolvimento na morte de Valdir da Silva Guimarães, então de 40 anos, padrasto da mulher. A sessão do júri popular aconteceu na última quarta-feira (12), na 1ª Vara Criminal da Comarca de Vilhena (RO), região do Cone Sul. Valdir foi encontrado morto na sala de casa no dia 15 de julho de 2018.

O corpo de jurados foi formado por quatro homens e três mulheres. Conforme o Tribunal de Justiça, o julgamento começou por volta das 9h e terminou durante a tarde. Cinco testemunhas foram ouvidas.

Durante os debates, a Promotoria de Justiça pediu pela condenação dos então réus por homicídio qualificado – recurso que dificultou a defesa da vítima. O advogado de Jean e Rafael, Marcio de Paula Holanda, alegou que o casal não cometeu o crime. O G1 entrou em contato com o advogado por e-mail e aguarda retorno.

Na decisão, a juíza Liliane Pegoraro cita que o Conselho de Sentença "reconheceu a materialidade delitiva, bem como acolheu a tese de negativa de autoria", absolvendo, então, os acusados.

As investigações da Polícia Civil, que foram concluídas quase dois meses após a morte de Valdir, indicaram que Rafael induziu Jean a matar a vítima. A mulher estaria com raiva de Valdir por conta de uma discussão ocorrida entre eles meses antes.

O que entendeu a polícia

Os investigadores apuraram que, no dia do crime, Valdir passou o dia todo com a esposa; estava feliz e ingeriu bebidas alcoólicas. No fim da tarde, a esposa precisou ir à cidade e a vítima ficou sozinha no sítio.

Mais tarde, Rafaeli descobriu que a mãe estava na cidade e o padrasto, sozinho. Depois disso, ela, o irmão e o marido foram para uma confraternização. Durante a festa, Rafaeli e Jean saíram do local dizendo que iriam comprar cigarros. Ela pediu para o irmão cuidar da filha dela.

Quando foi ouvida pela polícia, Rafaeli disse que demorou de 10 a 15 minutos para retornar para a festa. Porém, a versão dela foi desmentida pelo próprio irmão, que informou que o casal demorou para retornar à confraternização e que até precisou ligar para Jean. A ligação foi atendida por Rafaeli, que explicou que a corrente da motocicleta havia caído.

Outro ponto do depoimento de Rafaeli que precisou ser contrariado foi a versão de que não havia problemas com o padrasto. Os investigadores descobriram que no Dia das Mães do ano passado, ela chutou o padrasto numa discussão e Jean chegou a atirar ao alto para acalmar os ânimos.


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