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porto velho, segunda-feira 15 de setembro de 2025
PORTO VELHO, RO - O delegado Swami Otto, titular do Núcleo de Combate às Defraudações (Defraude) de Porto Velho, Departamento da Policia Civil, explicou como foi levada à cabo a Operação Antígrafo que realizou hoje mais de 8 mandados de busca e apreensão em Porto Velho.
Segundo ele, um grupo criminoso especializado em fraudes bancárias e compras de produtos com cartões de crédito de origem ilícita estava atuando em Rondônia.
Conforme o delegado, um dos criminosos foi flagrado tentando fazer uma compra no comércio da capital, usando o cartão feito com dados de uma das vítimas. O proprietário do estabelecimento desconfiou, entrou em contato com a vítima, e a Polícia foi acionada.
De acordo com informações do delegado, mais de 10 pessoas foram vítimas da quadrilha. A maioria destas eram médicos da rede pública de saúde do Estado. Eles foram escolhidos porque seus dados eram facilmente obtidos no Portal da Transparência, principalmente quanto a renda mensal. Todas as vítimas já foram contatadas e estão cientes que seus nomes foram usados no golpe.
A investigação apurou que até uma empresa foi aberta com capital obtido de forma criminosa. “ Faziam fraudes bancárias para poder adquirir cartões de créditos para serem usados na compra de produtos de luxo, como Iphones e outros equipamentos”, explicou Swami.
Só numa operação envolvendo a compra de Iphone 12 Pro Max, foram subtraídos pelos marginais mais de R$ 30 mil. “Os criminosos usavam fotos deles próprios, mas com dados das vítimas. Eles emitem cartões de créditos e utilizam para realizar compras”, enfatizou o delegado Otto.
A Operação "Antígrafo" apontou que a quadrilha atuava além de Rondônia, em outros estados da federação. “Ainda estamos fazendo o levantamento completo para sabermos a extensão desse grupo”, disse o delegado.
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