PORTO VELHO - RO - Na tarde de quarta-feira, 19, foi apresentado na Mesa Diretora do Senado Federal, durante coletiva à imprensa, o pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, por ter feito declaração controversa de cunho político, em discurso proferido no Congresso da União Nacional de Estudantes (UNE), ocorrido na semana passada.

Dentre outras é  atribuída a Barroso a frase recente:

“Nós derrotamos a censura, nós derrotamos a tortura, nós derrotamos o bolsonarismo para permitir a democracia e a manifestação livre de todas as pessoas”.

Barroso também já andou se envolvendo em outras polêmicas do gênero, quando, em caminhada no prédio do Congresso Nacional, disse sem saber que estava sendo gravado: “Política não se ganha se toma”. E, em Nova York, em resposta as manifestações contrárias a sua presença no local de um evento, disse: “Perdeu Mané”, fato que viralizou nas redes sociais e na mídia tradicional.

A lista com nomes dos parlamentares que subscrevem e apoiam o impedimento do Ministro, dada sua suposta militância política, foi atualizada e já contava até a tarde de quarta-feira, 19, com 90 assinaturas.

Da bancada de Rondônia no Congresso Nacional, quatro deputados se disseram favorável a emparedar o ministro com impeachment, que são eles; Cristiane Lopes-UB, Fernando Máximo-MDB, Thiago Flores (MDB) e Coronel Chrisostomo (PL) e o senador Jaime Bagatolli, quando a matéria chegar ao senado.

O QUE DIZ O REGIMENTO:

Reza o Regimento do Senado Federal que um pedido de impeachment de ministros da Suprema Corte deve ser analisado pela Casa após os trâmites administrativos.

Caberá ao presidente da Mesa Diretora Rodrigo Pacheco-PSD, seguir ou não com o pedido. Caso o pedido avance, o ministro poderá ser afastado do cargo até o julgamento da ação.