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porto velho, sexta-feira 23 de maio de 2025
Em entrevista durante o programa WW, da CNN, na sexta-feira (11), especialistas avaliaram que provas de supostos crimes envolvendo o entorno de Jair Bolsonaro (PL) estão ficando “cada vez maiores”, podendo atingir também o ex-presidente.
A Polícia Federal (PF) investiga a possibilidade de que bens presenteados à Presidência da República em missões oficiais tenham sido desviados por ex-assessores de Bolsonaro e que tenha havido tentativa de vendê-los.
Gustavo Sampaio, professor de Direito da Universidade Federal Fluminense, afirmou que, nos últimos meses, o “cerco está gradual e lentamente se fechando” contra o ex-presidente, citando depoimentos do ex-ministro Anderson Torres e do ex-ajudante de ordens Mauro Cid como exemplos.
“Tudo isso vem cercando o ex-presidente da República. Primeiro, de indícios, suspeitas e, numa sequência imediata, de provas. Então a tendência, já que o curso das investigações, hoje, é mais franco, mais nítido, é que não só o aparato de polícia adicione provas ao que tem sido investigado, mas também a CPMI no Congresso”, colocou.
“Tudo isso leva a crer que, conforme essas provas se adensam, medidas cautelares penais possam ser tomadas, sim, em desfavor do ex-presidente da República”, acrescentou.
Sobre o áudio obtido pela Polícia Federal em que Mauro Cid cita US$ 25 mil “em cash” para Bolsonaro e receio de utilizar sistema bancário, Sampaio destacou que essa é uma prova “evidente, contundente e inequívoca”.