O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indicou nesta terça-feira (29) a advogada Daniela Teixeira para o Superior Tribunal de Justiça (STJ). 

Neste momento, há três vagas abertas para o STJ. Esta vaga pertencia à advocacia, ou seja, a indicados da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Na semana passada, o STJ fez uma votação de lista tríplice para a vaga da OAB e outra votação com quatro nomes para as duas vagas destinadas a desembargadores. Daniela foi escolhida na vaga da OAB.

Nos bastidores, a avaliação feita é de que ao se escolher uma mulher para a vaga, Lula tira a pressão para a vaga que será aberta no Supremo Tribunal Federal (STF) após a aposentadoria compulsória da ministra Rosa Weber, em outubro.

O presidente vem sendo pressionado a indicar uma mulher para o lugar de Rosa Weber, já que, com a saída dela da Corte, o STF ficará com apenas uma mulher na sua composição –a ministra Cármen Lúcia.

Segundo fontes, Lula chegou a conversar com o ministro Cristiano Zanin –o mais novo integrante da Corte– a respeito desta nomeação.

Histórico de mulheres no STF

A pressão pela indicação feminina no STF se dá também pelo histórico da vaga que é ocupada por Rosa Weber desde 2011.

A mesma cadeira foi ocupada por Ellen Gracie entre 2000 e 2011. Indicada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, ela foi a primeira mulher a figurar entre o quadro de ministros do Supremo.