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    porto velho, domingo 21 de setembro de 2025

Decisão de Toffoli inicia investigação contra Moro por prender Lula na Lava Jato

Toffoli alega em sua decisão que as provas da delação estavam contaminadas e que a cooperação internacional não foi devidamente autorizada.


cnn

Publicada em: 06/09/2023 17:30:11 - Atualizado


Em uma decisão cheia de acenos ao presidente Lula, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli confirmou a anulação das provas da delação da Odebrecht e disparou uma revisão completa da história política e penal brasileira recente.

Fontes do governo federal e do mundo jurídico ouvidas pela CNN prevêem a anulação, pelo menos em parte, das delações premiadas dos 70 executivos da empreiteira e dos processos contra os mais de 400 políticos acusados de corrupção.

A decisão do ministro chama a prisão de Lula pela Lava Jato de “armação” e pede providências contra os agentes públicos envolvidos. O que colocou a Polícia Federal no encalço do ex-juiz Sergio Moro e o do ex-procurador Deltan Dallagnol.

Moro, que hoje é senador pelo União Brasil do Paraná, reagiu nas redes sociais: “A corrupção nos governos do PT foi real, criminosos confessaram e mais de 6 bilhões foram devolvidos à Petrobras”.

Toffoli alega em sua decisão que as provas da delação estavam contaminadas e que a cooperação internacional não foi devidamente autorizada.

As provas são os sistemas eletrônicos que guardavam os registros do departamento de propina da Odebrecht e revelaram ao Brasil os apelidos que a empreiteira usava para os políticos que recebiam propina.

O ministro diz ainda na decisão que “a prisão de Lula foi um dos maiores erros judiciários da história desse país”. Em outro trecho chama de “ovo da serpente dos ataques à democracia”.

Políticos experientes viram nas expressões um aceno à Lula, de quem se afastou durante a Lava Jato depois de impedir que o petista saísse da prisão para o enterro do irmão. Toffoli foi advogado do PT.


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