BRASIL: O general da reserva Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), reafirmou na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro a fala de que “bandido não sobe a rampa”, em referência ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em dezembro de 2022, quando ainda era ministro, Heleno respondeu “não” a um apoiador do ex-presidente de Jair Bolsonaro (PL) ao ser questionado se “bandido” subiria a rampa, ato simbólico da posse presidencial.

A relatora da CPMI, Eliziane Gama (PSD-MA), contextualizou que os apoiadores de Bolsonaro frequentemente se referiam a Lula como “bandido” e “ladrão”. Ela, então, relembrou o vídeo em que o ex-GSI, ao chegar no Palácio da Alvorada no fim do ano passado, nega a um manifestante que bandido subiria a rampa. “O que o senhor quis dizer com isso”, questionou Eliziane.

O general Heleno respondeu: “Até hoje continuo achando que bandido não sobe a rampa”. A fala foi aplaudida pelos membros da CPMI que representam a oposição.

Pergunta semelhante foi feita ao general na CPI da Câmara Legislativa que também apura os atos extremistas. No entanto, na ocasião, Heleno ressaltou que “não tinha nome na pergunta”. “Eu estava dentro do carro, e apareceu uma pergunta que nem me lembro exatamente. Mas, eu tenho certeza que não tinha nome. ‘Padrão sobe a rampa? Não’. Tinha acontecido várias perguntas na mesma hora, e eu respondi não. Atribuíram esse não a pergunta de ladrão sobe a rampa”, disse, em 1º de junho. Desta vez, o general não negou a referência a Lula.