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porto velho, terça-feira 26 de novembro de 2024
PORTO VELHO-RO: Claro que houve tentativa de obstrução e outras medidas, para que o requerimento não fosse aprovado, de parte de deputados dos partidos de esquerda. No comando da Mesa Diretora da Câmara Federal, o deputado federal rondoniense Lúcio Mosquini, líder da Frente Parlamentar em Defesa da Regularização Fundiária no Brasil, que presidia a sessão, na ausência do presidente Arthur Lyra. Não adiantou o esperneio dos governistas. A vitória, na votação, que ainda não decide nada, mas indica que a baderna pode ser contida por legislação no Congresso, foi dos conservadores: 293 a favor, apenas 111 contra. Com isso, o Projeto de Lei que criminaliza, impõe sanções e sérias restrições a grupos invasores de terras, será analisado em regime de urgência.
Na justificativa do projeto e da urgência, argumentos que consideram a PL necessária para conter o “Abril Vermelho” do MST. Para se ter ideia, até agora, somente neste mês, os grupos (que alguns parlamentares, como o próprio Mosquini, chamam de terrorista), já atacaram nada menos do que 22 propriedades, sem serem molestados. Em Rondônia, como o combate a este tipo de crime é bastante forte, inclusive com ações da Patrulha Rural, não se registraram estes atos de barbarismo, praticados por lideranças que usam os mais pobres para tomar fazendas, matar o gado e depois vender as terras, passando-as adiante, como já ficou comprovado em dezenas e dezenas de casos.
Durante o governo de Jair Bolsonaro, o número de invasões despencou. Foram apenas 12, segundo números oficiais, em quatro anos. Com a volta da esquerda ao poder, o MST foi empoderado de novo e os crimes cometidos durante vários anos, voltaram com força.
Em todo o país, a ofensiva do MST ampliou a união de parlamentares conservadores e lideranças ruralistas. No mês passado, a Frente Parlamentar e outros aliados, na Câmara Federal, aprovaram a iniciativa do rondoniense Lúcio Mosquini em criar o “Abril Verde”, exatamente para combater o vermelho das invasões. Uma série de iniciativas caminham dentro do Congresso Nacional, para combater os grupos que mantém a produção rural brasileiro como refém, em várias regiões do país.
Por aqui, o governo de Marcos Rocha trata a questão como crime e as forças policiais têm agindo contra esse tipo de ataque. Há alguns anos, o último confronto acabou com o assassinato brutal de dois policiais militares. Da bancada federal de Rondônia na Câmara, todos os oito estão na mesma wibe em relação ao assunto. A totalidade dos componentes é solidária ao setor produtivo e a um forte combate ao MST. No Senado, Jaime Bagattoli e Marcos Rogério são certamente a favor das medidas que criminalizam a atuação destes grupos invasores. Nesta questão, Confúcio Moura ficará ao lado do governo, como tem feito em todas as votações ou se alia aos demais membros da nossa bancada?