JI-PARANÁ, RO: Na noite de quarta-feira, 3 de julho, a Câmara de Vereadores de Ji-Paraná (RO) arquivou o processo de cassação do prefeito Isaú Fonseca, acusado de nepotismo. 

A denúncia, apresentada pelo sargento Jean César em 1º de abril de 2024, alegava a nomeação da namorada do prefeito para um cargo público e outras irregularidades.

O resultado da votação foi 10 votos a favor da cassação e 7 contra, insuficiente para alcançar os 12 votos necessários para a aprovação do processo, que equivalem a dois terços dos 17 vereadores presentes.

A comissão responsável pela análise do caso foi composta pelos vereadores Beto Wosniach, Westerley Cardoso e Wanderson Araújo. O processo focava na nomeação de 2023, onde a então namorada do prefeito foi designada como Assessora de Procurador na Procuradoria Geral do Município.

A sessão foi marcada por intensos debates e uma grande participação popular. O plenário estava lotado com apoiadores do prefeito, exibindo cartazes e manifestações de apoio. Em diversos momentos, o presidente da Câmara, vereador Marcelo Lemos, teve que intervir para evitar conflitos e manter a ordem.

O vereador Westerley Cardoso leu o relatório final da comissão, que recomendava a procedência da acusação. No entanto, a decisão não teve o apoio unânime da comissão. O prefeito e seus advogados tiveram duas horas para apresentar sua defesa, argumentando que as acusações eram motivadas por perseguição política. Isaú Fonseca destacou diversas realizações de sua administração, incluindo o Centro de Diagnóstico por Imagem, a Unidade de Pronto Atendimento, o Samu e o programa de pavimentação "Poeira Zero".

Após os argumentos finais, a votação foi realizada, resultando no arquivamento do processo de cassação, mantendo Isaú Fonseca no cargo de prefeito de Ji-Paraná.