PORTO VELHO-RO: Um privilégio que deveria ser rejeitado pelos representantes públicos que zelam pela isonomia do estado brasileiro e seus cidadãos, a emissão de passaporte diplomático para familiares dos políticos continua sendo uma realidade que não muda com o passar dos anos.

Em um levantamento feito pela reportagem do Rondonotícias nos dados de transparência do Senado, ficou constatado que os três senadores rondonienses já emitiram dez passaportes diplomáticos para eles e seus familiares.

O senador Jaime Bagattoli (PL) emitiu passaporte para a sua esposa e enteada, já Confúcio Moura (MDB) solicitou passaporte para sua esposa e Marcos Rogério (PL) tem o documento diplomático da esposa e filha. Até o advogado Samuel Araújo, suplente de Marcos Rogério, possui esse passaporte junto com a sua esposa.

Os detentores desse documento podem utilizá-lo como se fossem autoridades públicas em outros países, eles não ficam na fila comum dos demais viajantes e recebem um tratamento bem menos rigorosos em comparação ao cidadão comum. Em alguns países, quem possui o passaporte diplomático sequer precisa de visto.

Vale destacar que um passaporte comum emitido no Brasil custa em torno dos R$ 350, já o passaporte diplomático sai de graça.