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porto velho, sexta-feira 8 de novembro de 2024
PORTO VELHO-RO: Realizada nesta última quarta-feira (6), a sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito - CPI, criada pela ALE/RO para apurar os procedimentos tomados pela gestão Confúcio Moura (MDB), que culminaram na criação de reservas florestais no apagar das luzes do seu governo no ano de 2018, trouxe à tona um fato no mínimo curioso.
Entre os nomes de técnicos ambientais, engenheiros e biólogos, que assinaram os estudos que viabilizaram a Lei, está o nome do servidor da SEDAM, Paulo Sérgio Lima, intimado a depor na CPI, e que declarou jamais ter assinado esses documentos, e que sequer, era gestor ambiental, como descrito no documento
"Olha, eu não sou gestor ambiental, pelo menos eu não era naquele tempo, eu era assistente ambiental da assessoria da SEDAM e não tem assinatura minha aí, não, isso não consta", afirmou Paulo Sérgio Lima.
Conforme o depoente, ele acompanhou uma equipe de trabalho que fazia o estudo dessas reservas, porém, seu trabalho era apenas de apoio à equipe com serviço de transporte, alimentação, entre outras questões gerais.
"Nós ficamos em uma fazenda, o meu trabalho era ir à cidade, buscar comida, gasolina, entre outras coisas de necessidade. Eu também dei apoio a algumas fiscalizações, a minha missão levou dez dias e eu dei apenas o apoio logístico", relatou Paulo Sérgio Lima.
Além de revelar que não assinou qualquer documento de estudo de reserva ambiental, Paulo Sérgio afirmou que lembra apenas dois nomes, entre os que assinaram o documento, que estiveram nos levantamentos de que ele participou.
Essa CPI deve caminhar para um relatório final que deverá pedir a anulação da criação de ao menos onze reservas para a realização de novos estudos.