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    porto velho, sábado 23 de novembro de 2024

Disputa pelo controle da AROM aquece os bastidores da política em Rondônia

Hildon Chaves foi eleito presidente da AROM em maio de 2023, com 97% dos votos, para um mandato...


Redação

Publicada em: 22/11/2024 08:53:21 - Atualizado

PORTO VELHO-RO: A derrota de Mariana Carvalho (PSDB) na eleição para prefeita de Porto Velho gerou intensas movimentações nos bastidores políticos de Rondônia. Informações indicam que o vice-governador Sérgio Gonçalves (Republicanos) estaria articulando a destituição do prefeito Hildon Chaves da presidência da Associação Rondoniense de Municípios (AROM).

A justificativa seria que, ao deixar o cargo de prefeito em 2025, Chaves não teria mais legitimidade para ocupar a liderança da associação, abrindo espaço para a indicação de um prefeito alinhado aos interesses de Gonçalves.

Hildon Chaves foi eleito presidente da AROM em maio de 2023, com 97% dos votos, para um mandato que vai até 2026. No entanto, a possibilidade de sua saída da prefeitura alimenta o discurso de adversários que buscam sua substituição. Prefeitos próximos ao vice-governador já estariam sendo mobilizados para apoiar a mudança, em um movimento visto como parte de uma estratégia maior para fortalecer Sérgio Gonçalves como candidato ao Governo de Rondônia nas eleições de 2026.

Analistas apontam que a manobra de Gonçalves busca minar a influência de Hildon Chaves, que é considerado um potencial adversário na corrida pelo Palácio Rio Madeira. O rompimento político entre os dois líderes reflete o fim da aliança que, no passado, garantiu certa estabilidade na relação entre o atual prefeito de Porto Velho e o grupo político do CPA. Agora, o cenário é marcado por disputas de poder e reconfigurações estratégicas.

A presidência da AROM, que historicamente desempenha um papel relevante nas articulações políticas estaduais com potencial de votos e tornou-se peça central nesse embate. Controlar a associação pode garantir não apenas visibilidade, mas também a articulação necessária para consolidar apoios regionais. O episódio reforça a velha máxima "Rei morto, rei posto", destacando a busca incessante por espaços de poder na política rondoniense.

Ainda não houve um pronunciamento oficial de Hildon Chaves sobre a possível articulação para removê-lo da presidência da AROM. Entretanto, o desenrolar dos fatos promete influenciar diretamente as estratégias eleitorais de Rondônia, com os principais atores já movimentando suas peças no tabuleiro político de 2026.


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