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porto velho, sexta-feira 22 de novembro de 2024
A Polícia Federal (PF) tem fortes indícios de que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sabia sobre o plano de assassinato do presidente Lula (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A informação deve ser incluída no relatório final do inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado no Brasil após as eleições de 2022, que deve ser concluído ainda nesta quinta-feira (21).
A PF descobriu que Bolsonaro tinha “pleno conhecimento” da tentativa golpista que pretendia a "eliminação" da chapa eleita em 2022 e do ministro do STF. No entanto não apresentou nenhuma prova até o momento.
A expectativa é que Bolsonaro seja indiciado pela PF por crimes como tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa.
Além do ex-presidente, também deve haver pedidos de indiciamento contra outras 40 figuras importantes da ala bolsonarista, como o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa Walter Braga Netto, o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno, o delegado Alexandre Ramagem e o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto.
Os nomes incluem tanto os envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, quanto os que participaram dos planos homicidas descobertos pela PF na Operação Contragolpe, deflagrada nesta terça (19).
O relatório será remetido ao ministro Moraes, relator do caso no STF, que em seguida o encaminhará para apreciação do procurador-geral da República, Paulo Gonet. A partir daí, Gonet decidirá se apresenta uma denúncia formal à Suprema Corte contra os envolvidos.