Fundado em 11/10/2001
porto velho, terça-feira 17 de dezembro de 2024
PORTO VELHO-RO: Solicitada pelo Ministério Público do Estado de Rondônia - MP/RO e decretada pelo Poder Judiciário - TJ/RO, a prisão do secretário de cultura e esporte, Júnior Lopes, tomou todos de surpresa nesta última sexta-feira (14), inclusive os envolvidos direta ou indiretamente nas investigações da operação Dionísio.
O receio é de que Júnior Lopes aceite fazer um acordo de delação premiada e, ao contrário do que diz à imprensa, relate tudo o que sabe com relação aos apontamentos e denúncias feitas pelas autoridades contra os recursos investidos e dispendidos para a realização das edições 2023 e 2024 da EXPOVEL.
Conforme as investigações do Ministério Público, apenas esses dois eventos teriam movimentado quase R$ 13 milhões, sendo que na edição desse ano, uma empresa, segundo o MP/RO, sem condições alguma de promover um evento desse porte, recebeu, através emenda impositivas da ALE/RO, mais de R$ 4 milhões.
Ao total, a empresa denunciada pela Justiça recebeu R$ 750 mil do deputado Edevaldo Neves, R$ 50 mil do deputado Luizinho Goebel, R$ 900 mil do deputado Ribeiro do SINPOL, R$ 300 mil da deputada Rosangela Donadon e mais de R$ 2 milhões oriunda da presidência da Casa de Leis.
Já nos corredores do palácio do Governo em Rondônia, alguns servidores já tiveram de devolver recursos e temem que a "bomba exploda" e respingue em outros segmentos. O fato é que Lopes passará ao menos todo o final de semana na cadeia, até que os seus advogados consigam reverter a prisão preventiva, ou convencê-lo de fazer a delação premiada como forma de livrá-lo da 'cana'.