PORTO VELHO-RO: Reconhecido por sua proximidade com o governo Lula, o ex-senador Confúcio Moura (MDB) enfrenta um cenário político desafiador. Enquanto em Brasília desfruta de prestígio junto ao presidente e atua como um aliado de destaque nas pautas governistas, em Rondônia lida com um eleitorado majoritariamente conservador que o questiona frequentemente por sua atuação parlamentar.

O contraste entre os dois contextos ficou evidente durante recentes encontros no estado, onde ele foi cobrado por posições que divergem da visão predominante entre os rondonienses. A resposta de Moura reflete seu esforço para esclarecer seu posicionamento político:

"Nunca me identifiquei como político de esquerda. O MDB, como parte do governo Lula, acabou sendo associado a essa agenda, mas sempre fomos um partido de centro, equilibrado e contrário aos extremos. Nosso objetivo é continuar sendo o ponto de sensatez na política brasileira, e queremos que os rondonienses que compartilham dessa visão nos acompanhem."

Essas palavras, ditas ao final de uma reunião partidária do MDB, demonstram sua tentativa de construir uma ponte entre os compromissos assumidos em nível nacional e as expectativas locais.

Com as eleições de 2026 no horizonte, Confúcio Moura se encontra em uma encruzilhada. Para garantir uma reeleição, terá que decidir se permanece fiel à parceria com Lula ou se busca reconquistar a confiança do eleitorado conservador de Rondônia. A escolha definirá não apenas sua trajetória política, mas também seu papel como figura de equilíbrio em um cenário polarizado.