PORTO VELHO-RO: Após sua exoneração e permanência no presídio Urso Branco, em Porto Velho, a situação do ex-secretário da SEJUCEL, Júnior Lopes, parece se agravar a cada dia. Preso sob acusações que implicam práticas ilícitas, Lopes enfrenta um dilema que pode determinar seu futuro: colaborar com a justiça ou enfrentar longos meses na cadeia, incluindo festas de fim de ano e carnaval.

Fontes próximas ao caso indicam que a delação premiada tem sido fortemente recomendada por sua defesa. "Se ele optar por se calar, correrá o risco de arcar sozinho com as consequências de ações que, segundo as investigações, dificilmente ocorreriam sem o envolvimento de outros nomes influentes", apontam analistas locais.

Nos bastidores políticos, a possibilidade de Lopes "abrir o bico" tem causado apreensão. A tensão é tão grande que há quem diga que a venda de ansiolíticos nas farmácias da capital disparou nos últimos dias, um reflexo do medo de que revelações possam comprometer figuras proeminentes.

Enquanto isso, o caso segue sob investigação, com a expectativa de que novos desdobramentos tragam à tona a extensão do esquema e seus reais beneficiários. A pergunta que paira é: Júnior Lopes falará ou continuará em silêncio, enfrentando sozinho o peso das acusações?