PORTO VELHO: O ex-governador Confúcio Moura (MDB) sumiu dos sites de notícias e das redes sociais nas últimas semanas. Depois do embate com dirigentes do MDB, quando em áudio publicado nas redes sociais chamou o senador Valdir Raupp, a deputada Marinha Raupp e o presidente do partido, Tomás Correia de covardes, bandidos e descarados, por segundo ele, estarem tramando contra a sua pré-candidatura ao senado, o ex-governador simplesmente foi isolado na mídia.

Enquanto os dirigentes do MDB aguardam retratação e um pedido de desculpas, Moura segue na sua caminhada solitária, visitando amigos e buscando apoio para o pleito de outubro próximo, sem saber se disputará uma das cadeiras do Senado ou da Câmara Federal.

No seu concorrido blog, onde depois de toda a celeuma com os ataques aos correligionários pediu um MDB forte e unido, nas últimas semanas Confúcio só postou amenidades. Nada de política partidária ou eleitoral. Nos sites de notícias da capital e principalmente do interior, que costumavam a repercutir as ações diárias de Confúcio, nenhuma notícia da movimentação política.

Completamente queimado com delegados do partido com voto na convenção e que definirão quem disputa o que em outubro, Confúcio diminui a sua exposição na mídia, buscando curar as feridas provocadas pelas acusações contra os correligionários. No mesmo passo, tenta justificar o abandono dos companheiros durante seus oito anos de governo, quando optou por uma administração independente, deixando de prestigiar esses correligionários em detrimento a um grupo de amigos e familiares.

Buscando salvar a sua candidatura ao senado, Confúcio tentou mobilizar o comando do partido em Brasília, porém, não encontrou eco nas suas reclamações. A prioridade do MDB nacional é a reeleição dos senadores e deputados federais do partido, tanto que a maior parte dos recursos do Fundo Eleitoral será destinada a este propósito, limitando, inclusive, repasses à candidatos a governo estaduais.