Na administração estadual, Pereira não tem conseguido manter o mesmo ritmo de governo desenvolvido por Confúcio Moura (MDB) nos sete anos e quatro meses em que o ex-prefeito de Ariquemes esteve à frente do comando do estado e vê seu nome sumir das rodas políticas, como uma nuvem passageira.

Correligionários do próprio PSB já não vêem Daniel como uma opção, caso aconteça do Senador Acir Gurgacz (PDT) não disputar o governo e apontam o ex-prefeito de Ji-Paraná e pré-candidato ao senado, Jesualdo Pires como o alternativa.

Daniel Pereira recebeu das mãos de Confúcio Moura um governo todo comprometido, devendo mais do que arrecada e com compromissos de indicações políticas que comprometem a folha de pagamento. Por conta disso, aliado à baixa na arrecadação (ainda por conta da greve do caminhoneiros), o governo Daniel Pereira não consegue sair do chão.

Com exceção de um projeto de segurança pública que ainda não surtiu efeito, pelo contrário, a criminalidade aumentou, não se vê uma ação nova que leve o selo do governo do PSB em Rondônia. Pelo contrário, o próprio presidente da sigla, Mauro Nazif, já recomendou que Daniel exonere os cargos comissionados indicados pelo MDB e que mande fazer uma auditoria completa nas contas do governo, para “evitar surpresas desagradáveis”.

Informações de dentro do Palácio Rio Madeira dão conta de que a ordem é fechar as contas do governo e para isso, convênios firmados com prefeituras, emendas parlamentares pendentes e investimentos estão sendo cancelados ou postergados.

O sonho requentado de Daniel Pereira é assumir uma cadeira vitalícia como conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE/RO). Como Confúcio não cumpriu com o combinado, Daniel aposta suas fichas na eleição do senador Acir como candidato a governador, podendo, inclusive, assumir uma pasta dentro de um possível governo pedetista, enquanto espera a abertura de vaga no colegiado de contas. Não há notícias, entretanto, que este compromisso tenha sido assumido por Acir em caso de eleição ao comando do estado