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    porto velho, sábado 7 de setembro de 2024

​Grupo Cassol analisou, mas descartou entrar no leilão para comprar a Eletrobras Rondônia


Expressão Rondônia

Publicada em: 27/07/2018 16:13:28 - Atualizado

PORTO VELHO – Com a autorização para a venda de algumas subsidiárias da Eletrobras, Rondônia se livra, no dia 30 de agosto, de uma estrutura arcaica e deficitária, mas que os sindicalistas e o pessoal que gosta de viver pendurado numa sinecura chamam de patrimônio público.

Depois da venda das Centrais Elétricas do Piauí, na manhã desta quinta-feira, está marcado para o dia 30 de agosto o leilão da antiga Centrais Elétricas de Rondônia, hoje Ceron-Eletrobras, pelo preço simbólico de 50 mil reais.

Nos bastidores, chegou a circular a especulação de que um grupo local estaria interessado em arrematar a Eletrobras Rondônia.

O empresário Júnior Cassol, diretor do Grupo Cassol para a geração de energia, disse, nesta sexta-feira, ao www.expressaorondonia.com.br que “não há possibilidade de participarmos deste leilão. O passivo da empresa e mais o custo operacional inviabilizam o negócio. Continuamos focado na geração de energia. Distribuição se dá em outro patamar operacional”, reiterou Júnior, demonstrando que o grupo chegou a se interessar pelo negócio e que chegou a fazer alguns estudos de viabilidade.

Júnior Cassol aponta ainda outros fatores que pesaram na decisão de não entrar no leilão de venda da Eletrobras Rondônia. O principal motivo que desestimulou o Grupo Cassol de comprar a antiga Ceron, além das dívidas, são os custos da operação comercial, o alto índice de furto de energia e até a necessidade de troca de toda a rede de distribuição nas cidades, todos muito velhas, o que contribui para a baixa qualidade da energia que chega na casa do consumidor

Os negócios de geração de energia do grupo da família do ex-governador Ivo Cassol operação seis pequenas centrais hidrelétricas, instaladas nos municípios de Alta Floresta e Vilhena, em Rondônia; e Comodoro, Mato Grosso.

Irmão de Ivo Cassol, o empresário César Cassol, também opera com geração de energia, sendo detentor de duas pequenas centrais hidrelétricas, também descarta interesse em arrematar a Eletrobras Rondônia.

Segundo César, o endividamento da empresa praticamente a inviabiliza.

Tanto as usinas de César quanto as de Ivo Cassol vendem a energia produzida no mercado livre, negociando com grandes consumidores da região Sudeste.

Outra empresa que está de olho na Eletrobras Rondônia é a Equatorial Energia, que comprou a distribuidora do Piauí na manhã desta quinta-feira. Foi a única empresa a dar lance no leilão.

A Eletrobras vai vender suas distribuidoras nos estados do Acre, Amazonas, Rondônia, Roraima e Alagoas. As companhias foram colocadas à venda por um valor simbólico, de R$ 50 mil. O principal objetivo da estatal é se desfazer dos ativos, hoje deficitários.

A Equatorial afirma que a empresa está “olhando” estas distribuidoras.


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