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    porto velho, domingo 29 de setembro de 2024

Missão de agentes dos EUA à Lava Jato gerou temor de crise diplomática

Todas as missões de autoridades estrangeiras no País são precedidas do respectivo pedido e autorização", disse o MPF.


uol

Publicada em: 13/02/2021 11:35:15 - Atualizado

A presença de investigadores e agentes americanos atuando em cooperação com a força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba e em processos nos Estados Unidos criou temores de que a ação poderia gerar um "abalo" nas relações entre os dois países. 

A análise faz parte de conversas apreendidas na Operação Spoofing a partir de um material que estava com hackers e foram submetidas à guarda do STF (Supremo Tribunal Federal).

A defesa do ex-presidente Lula —autorizada nesta semana a ter acesso à integra das mensagens— protocolou ontem (12) no STF nova petição. No documento, os advogados dizem que a análise das conversas submetidas a perícia "reforça —e deixa inequívoca— a realização de cooperações internacionais fora dos canais oficiais", o que segundo a defesa pode levar à anulação de provas. 

Procurado, o MPF-PR (Ministério Público Federal do Paraná) reiterou que não reconhece a autenticidade das mensagens vazadas. Também disse que nenhum documento foi utilizado judicialmente pela Lava Jato sem ter sido transmitido por canais oficiais estabelecidos em acordos internacionais, salvo em situações de urgência e com autorização prévia. 

"Quanto a missões de estrangeiros, é fato que sempre vieram ao Brasil diversas autoridades estrangeiras de variados países para a realização de diligências investigatórias. Todas as missões de autoridades estrangeiras no País são precedidas do respectivo pedido e autorização", disse o MPF.


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