Até então trabalhando para lançar seu nome nacionalmente, visando a uma candidatura ao Palácio do Planalto em 2022, o governador de São Paulo, João Doria, admitiu pela primeira vez a possibilidade de concorrer à reeleição no estado. A alteração de postura ocorre após a entrada do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva no jogo eleitoral do ano que vem. Ao jornal O Estado de S. Paulo, o tucano afirmou que "Diante deste novo quadro da política brasileira, nada deve ser descartado".

Ao fator Lula soma-se os recentes incidentes políticos internos, como um jantar realizado em fevereiro, no Palácio dos Bandeirantes, em que o tucano tentou tomar o poder do PSDB nacional, o que foi vetado por caciques, como Aécio Neves. O encontro foi entendido por Doria e aliados como um erro estratégico.

Até o momento o governador paulista não respondeu se pretende disputas as prévias presidenciais que o PSDB marcou para outubro. Em entrevista à Folha de S. Paulo, Aécio Neves afirma que o papel de Doria na condução da vacina Coronavac foi fundamental, mas "a obsessão pelo marketing não deixa as pessoas julgarem isso positivamente".