Porto Velho - RO – A decisão tomada pelo ministro do STJ, Humberto Martins, que suprime os efeitos das condenações pelos crimes de improbidade administrativa, deixando condenados elegíveis, fez o clima elevar-se nos bastidores da política rondoniense e o fato acabou dando um fôlego suplementar e trazendo para a disputa do governo do Estado, o ex-senador Ivo Cassol-PP, que cumpre condenação pela Lei da Ficha Limpa.

Para analistas políticos, a canetada do ministro revigora as chances do “Homem do Chapéu” de participar das eleições deste ano e polariza a disputa com o atual governador Marcos Rocha-União Brasil.

No entanto, para os pensadores da política rondoniense, o ex-senador ainda não pode contar vitória e deverá ficar na espreita da decisão do STF, em torno da questão, cujo desfecho será o próximo dia 03 de agosto, ou seja, dois dias antes do prazo final para as convenções partidárias.

Ainda conforme esses mesmos analistas, caso o Supremo decida a favor do ex-chefe do executivo rondoniense, deixa conturbada e enfraquecidas as candidaturas de Marcos Rogério-PL e de Léo Moraes (Podemos), que se assanham na disputa da principal cadeira do CPA e buscam o eleitorado que dizem pertencer ao homem do “bateu levou”.

Por outro lado, Marcos Rocha, que tem a máquina administrativa nas mãos, correrá sozinho na raia, (sem Rogério nem Léo) mas terá de enfrentar um trator chamado Cassol, liderança inconteste em todo o Estado e, principalmente, nas cidades do interior rondoniense.

Rocha aposta nas obras que vem realizando na “hinterlândia” rondoniense, com programas como o “Tchau Poeira” e governo na cidade.

Já Ivo Cassol, joga suas fichas no capital político adormecido e na simplicidade; sobretudo, na sua capacidade de aglutinação e muita conversa.

Pelo andar da carruagem, ainda que, virtualmente, a polarização entre Rocha e Cassol ganha corpo nas discussões políticas, embora, tanto Léo, quanto Rogério, não tenham disponibilizado tempo para debater a questão que, para eles, desce na boca como fel.