Fundado em 11/10/2001
porto velho, segunda-feira 7 de julho de 2025
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve entrar no debate da rede Globo, nesta quinta-feira (29), com uma postura mais incisiva do que apresentou no debate da TV Bandeirantes, quando foi criticado até por aliados por demonstrar o que foi avaliado como apatia diante de ataques adversários.
À reportagem, coordenadores da campanha do ex-presidente relataram que Lula será firme, mas não abandonará tom agregador e propositivo em razão dos ataques.
Se for chamado de presidiário por Bolsonaro, Lula já tem resposta pronta e deverá retomar o discurso de que foi preso injustamente, comparando-se a líderes e ativistas políticos como Nelson Mandela e Martin Luther King.
A campanha acredita, no entanto, que o assunto corrupção pode ficar em segundo plano por causa de informações recentes envolvendo a família Bolsonaro em supostas compras de imóveis com dinheiro vivo, divulgadas pelo portal UOL.
Avaliação é de que, na condição de favorito na disputa, com chances reais de vencer no primeiro turno, o ex-presidente não deve ‘se situar no nível dos outros’ oponentes e que o debate será uma oportunidade para Lula capturar novos votos de eleitores de classe média e baixa renda – camadas que ainda demonstram potencial de crescimento para o ex-presidente, segundo pesquisas.
Novidade nas eleições, Padre Kelmon (PTB), que entrou na corrida na vaga de Roberto Jefferson, já demonstrou disposição em atacar o ex-presidente. Se seguir o script do debate da CNN, Kelmon deve investir em polêmicas que relacionam a esquerda à Nicarágua e ao aborto. Para esse confronto, petistas esperam que Lula responda com erros do atual governo.