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porto velho, segunda-feira 13 de outubro de 2025
PORTO VELHO, RO - De acordo com informações divulgadas nesta semana, Porto Velho registrou o primeiro caso de leishmaniose visceral canina, confirmado pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária de Rondônia (CRMV-RO). A doença, transmitida pelo mosquito-palha, pode ser fatal se não tratada e também representa risco à saúde humana.
O médico-veterinário Cristian José e o pesquisador da Fiocruz, Gabriel Eduardo, explicam que os sintomas costumam aparecer entre três e sete meses após a infecção, podendo variar conforme o sistema imunológico do animal. Entre os sinais mais comuns estão perda de peso, feridas na pele, queda de pelos, crescimento excessivo das unhas, apatia e inflamações oculares.
Segundo os especialistas, o diagnóstico é feito por exames laboratoriais e, uma vez confirmada a doença, o tratamento deve ser prescrito por veterinário habilitado. Atualmente, há medicamentos aprovados pelo Ministério da Agricultura que controlam os sintomas e melhoram a qualidade de vida do animal, embora o parasita possa permanecer no organismo.
A Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) informou que realizou um inquérito canino em um raio de 500 metros do caso confirmado, coletando 80 amostras, todas negativas. Armadilhas também foram instaladas para monitorar a presença do mosquito transmissor.
As autoridades de saúde reforçam que a prevenção é a melhor forma de evitar a disseminação da leishmaniose. Manter os quintais limpos, usar coleiras repelentes e evitar o acúmulo de matéria orgânica são medidas essenciais.
Em caso de suspeita ou sintomas em cães, os tutores devem procurar um médico-veterinário. Denúncias ou informações podem ser feitas pelo telefone (69) 98473-6712.