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porto velho, domingo 24 de novembro de 2024
O Ministério da Saúde informou nesta terça-feira (16) que tem registrados 35 casos de contaminação por febre amarela no país no período de julho do ano passado a 14 de janeiro deste ano. Na dívulgação do último balanço, em 9 de janeiro, eram 11 casos.
Do total de casos divulgados nesta terça, seis foram registrados em 2018. Ao todo, 20 pessoas morreram da doença no período.
A pasta recebeu notificação de 470 casos suspeitos, sendo que 145 permanecem em investigação e 290 foram descartados. De acordo com o levantamento do governo federal, os estados de São Paulo e Minas Gerais são os que registraram a maior incidência, com 20 e 11 casos confirmados, respectivamente. Seguidos por Rio de Janeiro (3) e Distrito Federal (1).
Apesar do aumento de casos – 24 a mais, no intervalo de uma semana -, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Antônio Carlos Nardi, afirma que “não é possível falar em surto”.
“Hoje estamos falando no aumento da circulação viral e no aumento da incidência no número de casos, mas não em surto.”
Os casos, segundo o governo, são de residentes em zonas rurais ou que tiveram contato com áreas silvestres por motivo de trabalho ou lazer e, por isso, no Brasil “só há casos silvestres registrados de febre amarela”. ´
O monitoramento do Ministério da Saúde é atualizado diariamente por estados e municípios e, até esta terça, não havia registros de febre amarela urbana. O último caso desse tipo foi registrado no Brasil em 1942.
Para conter o avanço da doença, o secretário afirma que a pasta está tendo um “excesso de zelo”, especialmente com a adoção de doses fracionadas para imunização. Questionado, no entanto, sobre o estoque de vacinas em todo país, o representante do ministério não esclarece a real quantidade disponível para vacinar a população.
“Essa é uma informação de segurança nacional. Temos vacina suficiente para vacinar toda a população brasileira, caso necessário.”