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porto velho, quarta-feira 16 de julho de 2025
BRASIL: As drogas K, que ganham espaço no país e se popularizam em locais como a Cracolândia, em São Paulo, ficaram conhecidas como "supermaconha". No entanto, o entorpecente não se trata de uma derivação da planta cannabis, e tal associação desconsidera o potencial destrutivo da droga, que é cem vezes superior ao da maconha, segundo especialistas.
A associação indevida entre os narcóticos está relacionada ao fato de que as drogas K, como a K2, a K4 e a K9, compostos sintéticos desenvolvidos em laboratórios, possuem efeitos semelhantes ao THC (tetrahidrocanabinol), a principal substância psicoativa encontrada nas plantas do gênero cannabis, e atingem o mesmo receptor do cérebro que a maconha comum.
Contudo, o médico psiquiatra Harif Bakri explica que, no caso das drogas K, os compostos acertam os receptores causadores de efeitos alucinógenos e corpóreos do organismo com muito mais intensidade do que a planta é capaz de atingir.
“Os efeitos dessas substâncias estão falando por si. Efetivamente, não se trata da maconha orgânica e os elementos não devem ser confundidos”, disse.