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    porto velho, sábado 30 de novembro de 2024

Após quatro horas de depoimento, “kid preto” nega participação em plano para matar Lula

Militar colaborou com investigações, mas disse desconhecer trama para assassinar autoridades; depoimento durou quase quatro horas


cnn

Publicada em: 29/11/2024 11:17:11 - Atualizado


BRASIL: Em depoimento de quase quatro horas à Polícia Federal (PF), o tenente-coronel Rodrigo Bezerra Azevedo, do Exército, negou que tenha feito parte do plano “punhal verde e amarelo” para matar o então presidente recém-eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice, Geraldo Alckmin (PSB), e o ministro Alexandre de Moraes, então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O interrogatório ocorreu por videoconferência nessa quinta-feira (28), entre 15h e 19h, em um batalhão do Exército, onde o militar está preso. Ele foi interrogado por uma equipe da PF de Brasília.

Por outro lado, o militar teria dado informações à PF que podem chegar a possíveis envolvidos no planejamento.

A defesa do tenente-coronel não quis detalhar o conteúdo da oitiva, mas anunciou que fará um pronunciamento à imprensa às 10h desta sexta-feira (29).

Azevedo está preso desde a semana passada no Rio de Janeiro e é o único alvo da Operação Contragolpe que não aparece como indiciado no relatório enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF). O nome dele pode ser incluído como complemento, conforme antecipou.

“Kids pretos”

O tenente-coronel Azevedo faz parte da elite do Exército, os “kids pretos”, grupo formado pelo Curso de Operações Especiais, treinados para atuar nas missões sigilosas, com ambientes hostis e politicamente sensíveis.

Os militares recebem esse apelido por utilizarem gorros pretos em operações – eles são caracterizados como especialistas em guerra não convencional, reconhecimento especial, operações contra forças irregulares e contraterrorismo.


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