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porto velho, sexta-feira 19 de dezembro de 2025

BRASIL: O policial penal aposentado, Marcio Aparecido Bastos Barboza, foi preso em flagrante nesta quarta-feira (17) em Campinas, cidade do interior de São Paulo, por armazenar e compartilhar conteúdos de exploração sexual infantil. O criminoso se passava por criança em jogos de videogames e atraia as vítimas.
Segundo a Polícia Civil, Marcio conversava em tempo real com as crianças, pedia seus contatos e conseguia ter acesso ao material pornográfico dos menores em situação de abuso e exploração. Ele foi preso preventivamente.
O policial aposentado já era investigado pela 2ª Delegacia de Defesa da Mulher de Campinas (DDM) por dois estupros, sendo um deles de vulnerável. De acordo com o delegado Elton Costa, o suspeito também utilizou os jogos para atrair as vítimas.
“Ele atraía as crianças por meio de jogos eletrônicos, videogames e se aproveitava disso para toques íntimos”, explicou o delegado.
Elton também fez um alerta para que os pais tenham cautela em relação aos jogos e acesso dos filhos.
“É muito importante que os pais tenham ciência do que seus filhos estão jogando. Participem desse momento com eles, para que consigam proteger seus filhos desse tipo de criminalidade que passa tão desapercebido por todos”, completou.
Prisão
O mandado de busca e apreensão aconteceu no Jardim Florence, em Campinas. Os policiais encontraram equipamentos eletrônicos e mídias que continham conteúdo de crianças sendo exploradas para fins sexuais. Foram apreendidos dois videogames, duas mídias de armazenamento, cadernos e um celular.
“Havia esse acesso a sites desse conteúdo há muito, muito tempo. Ele confirmou que, algum tempo atrás, ele teve um dos seus endereços de e-mail cancelado, justamente por identificar esse tipo de material e ele obviamente tinha vários outros endereços de e-mail”, contou o delegado Costa, que conduz a investigação.
Segundo o boletim de ocorrência, o acusado será mantido preso preventivamente, sem possibilidade de fiança, devido à gravidade da infração e ao potencial risco de cometer novos crimes, uma vez que tem convívio com crianças.
“Ele inicialmente negou a posse, afirmou até que desconhecia que aqueles arquivos estivessem no seu celular. Só que, em segundo momento, ele alegou que ao acessar sites de pornografia, teve acesso a esse conteúdo e guardava eles ali para um outro momento”, explicou o delegado.
A operação foi conduzida e registrada pelo 6º DP com apoio da Polícia Federal e do FBI, por meio de rede de compartilhamento de informações. O crime de posse e armazenamento de pornografia infantil prevê reclusão de um a quatro anos, e multa. Outros dois inquéritos por estupro que envolvem o suspeito estão sendo investigados pela 2ª DDM.