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porto velho, terça-feira 26 de novembro de 2024
Porto Velho, RO - Candidato a deputado federal pelo Partido Novo nas últimas eleições, obteve 36.603 votos, Ricardo Salles divulgou uma peça de propaganda centralizada numa munição calibre .3003 – número que ele também utilizou para a candidatura – e com a qual ameaçava a praga do javali, a esquerda e o MST, o roubo de trator, gado e insumos e a bandidagem no campo.
Uma clara incitação à violência que foi repudiada pelo próprio Partido Novo. Hoje (9), dois líderes do MST foram sepultados.
Homens encapuzados invadiram acampamento no município de Alhambra, Paraíba, e executaram Rodrigo Celestino e José Bernardo da Silva, conhecido como Orlando.
O discurso de ódio e violência contra os movimentos sociais vai ganhar ares institucionais neste governo. Ricardo Salles fala como um ruralista, embora tenha sido indicado para o ministério do Meio Ambiente.
Se ele seguir as diretrizes do chefe, o Brasil corre o risco de se tornar um pária internacional, ao rechaçar tratados sobre o clima, como o Acordo de Paris.
“Atrapalha o desenvolvimento. Não podemos continuar admitindo uma fiscalização xiita por parte do ICMBio e do Ibama, prejudicando quem quer produzir”, disse o então pré-candidato Bolsonaro em visita a Rondônia, no mês de agosto.
Ele defendeu a exploração econômica da Amazônia e atacou o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade).
Se o ministro de Bolsonaro seguir as suas diretrizes, o resultado será catastrófico.