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porto velho, terça-feira 26 de novembro de 2024
BRASIL - A Polícia Federal, o Ministério Público Federal e a Receita Federal deflagraram na manhã desta terça-feira (12) a Operação Checkout, para desarticular um esquema envolvendo uma grande empresa de turismo brasileira que praticava sonegação de impostos, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
As investigações apontam prejuízo aos cofres públicos que podem chegar a R$ 145 milhões.
Segundo a PF, advogados da empresa de turismo pagavam propina a integrantes do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), tribunal administrativo que analisa recursos de contribuintes a respeito de tributos federais.
O principal alvo da operação, o empresário Átila Reys Silva, foi preso em Minas Gerais.
Relógios apreendidos em casa de São Paulo alvo de mandado de busca e apreensão da Operação Checkout — Foto: Polícia Federal/Divulgação
23 mandados de busca e apreensão
Foram expedidos um mandado de prisão preventiva e 23 mandados de busca e apreensão para escritórios e residências de advogados e auditores da Receita Federal, segundo informou a GloboNews.
Os mandados são para os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Minas Gerais.
Segundo a PF, a investigação envolvendo a empresa de turismo começou após a análise do material apreendido na primeira fae da Operação Descarte, realizada em março de 2018.
Desta vez, a PF identificou uma conta bancária que teria recebido mais de R$ 39 milhões da empresa do ramo de turismo envolvida no esquema. O dinheiro teria sido pago para viabilizar o cancelamento, pelo Carf, de uma autuação da Receita Federal no valor de R$ 161 milhões.
Há indícios de que uma parte do valor pago foi remetida para o exterior de forma fraudulenta e outra parte foi dividida entre integrantes do grupo investigado.
Os investigados responderão pelos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e organização criminosa.
Fonte: PF e G1