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porto velho, quarta-feira 27 de novembro de 2024
RIO DE JANEIRO RJ - A Delegacia de Homicídios da Polícia Civil do Estado Rio de Janeiro (PCERJ) prendeu, nessa sexta-feira (02), pai e madrasta acusados de torturar e matar a filha de seis anos de idade. Rodrigo Jesus da França, de 25 anos, e Juliana Mayara Brito da Silva, de 20 anos, são acusados de crimes de homicídio qualificado pela tortura na morte de Mel Rhayane Ribeiro de Jesus.
A perícia da Polícia Civil constatou que a menina tinha diversas lesões no corpo, como ausência de um pedaço da orelha, úlceras no tornozelo e mãos, aparentando que a menina era constantemente amarrada e chicoteada.
À Polícia, Rodrigo confessou o crime. “Em depoimento, ele disse que deixava a criança amarrada para não ter acesso aos outros filhos do casal e que as agressões eram pra corrigir um suposto comportamento sexual alterado da vítima, que já havia sido supostamente estuprada”, diz em nota.
A corporação também diz que as lesões indicam que as agressões ocorriam há tempos. Para esconder as marcas do crime, a polícia diz que Rodrigo tirou a filha da escola pra que as agressões não fossem percebidas. Juliana negou os fatos, mas foi presa por ter se omitido às agressões do pai.
Caso Rhuan
A barbárie do crime é muito parecida com o caso Rhuan, de 9 anos, ocorrido em 31 de maio, em Samambaia. Na ocasião, a criança foi esfaqueada até a morte, enquanto dormia, pela mãe, Rosana Auri, e pela companheira dela, Kacyla Priscyla. Após cometer o crime brutal, as suspeitas esquartejaram o garoto e colocaram o corpo em duas malas e uma bolsa.
Moradores da região viram Rosana jogar uma das malas no bueiro e, por isso, acionaram a polícia. Quando agentes da 26ª Delegacia de Polícia (Samambaia Norte) chegaram ao local, encontraram o restante do cadáver. A dupla acabou presa em flagrante e, na unidade policial, confessaram o assassinato.
Em meio às investigações, policiais descobriram que as suspeitas cortaram o pênis e os testículos de Rhuan MAycon um ano antes do homicídio. A descoberta chocou ainda mais moradores do Distrito Federal e repercutiu em todo o país. Figuras públicas como o presidente Jair bolsonaro e a atriz Isis Valverde comentaram o crime brutal nas redes sociais.