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Mulher condenada por 242 furtos e suspeita de dar golpe em fãs do U2


G1

Publicada em: 04/12/2017 17:05:04 - Atualizado

Polícia Civil do Distrito Federal prendeu, neste sábado (2), uma mulher de 23 anos acusada de furtar o caixa de um salão onde trabalhava. Kamilla Almeida Doudement foi condenada em 2016 por 242 furtos (veja detalhes abaixo), e também responde pela venda de 'ingressos fantasmas' de shows da banda irlandesa U2 no Brasil, em outubro deste ano.

A prisão foi determinada pela Justiça, após denúncia do dono do salão, e cumprida pela polícia no fim de semana. Segundo o dono do estabelecimento, Kamilla trabalhou no caixa do salão de beleza entre setembro e outubro deste ano e, nesse período, furtou quase R$ 5 mil.

Como a prisão foi resultado de um mandado judicial, a suspeita deve permanecer detida por prazo indeterminado. O G1 não conseguiu contato com a defesa de Kamilla.

Ingressos falsos

Detida pelo furto no salão de beleza, a jovem também é investigada, simultaneamente, por vender ingressos inexistentes de shows do U2. Em outubro, a banda de Bono Vox fez quatro shows no Morumbi, em São Paulo.

Segundo o delegado da Coordenação de Repressão aos Crimes contra o Consumidor, à Ordem Tributária e a Fraudes, Wisllei Salomão, a jovem participava de um grupo de compra e venda de ingressos nas redes sociais e, ao fechar a comercialização dos bilhetes, mandava aos consumidores envelopes vazios.

Segundo as investigações, pelo menos cinco pessoas de Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro e Rondônia teriam sido vítimas do golpe. Além da Polícia Civil do DF, investigadores desses estados também estão envolvidos na apuração.

Os 242 furtos

De acordo com Salomão, a jovem foi condenada ao regime aberto, há cerca de dois meses, por 242 crimes de furto qualificado e continuado. O número de condenações corresponde às 242 compras que ela fez usando um cartão furtado da própria sogra – entre os itens, havia joias, roupas, viagens e refeições em restaurantes do DF.

Segundo a Polícia Civil, Kamilla também usou a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) de uma amiga para fazer dois empréstimos em um banco. O caso ocorreu em 2016. A vítima do golpe contou que teve um prejuízo de quase R$ 8 mil.

“Conhecia a Kamilla desde os meus 8 anos de idade. Fui visitá-la no hospital para ajudá-la e ela pegou a CNH da minha carteira.”

Nesta segunda (4), Wisllei Salomão informou que a mulher deve ser indiciada em cinco novos inquéritos. A previsão é de que ela responda pelos crimes de furto, estelionato, falsidade ideológica, apropriação indébita, desobediência, difamação, injúria e ameaça.


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