O traficante Rogério 157, preso na manhã desta quarta-feira (6), na favela do Arará, em Benfica, zona norte do Rio, tentou subornar os policiais que participaram da ação. Segundo o delegado Gabriel Ferrando, da delegacia de Copacabana (12ª DP), o traficante disse no momento da prisão que a vida dos policiais poderia ficar “bem resolvida”, o que seria uma forma de insinuar o suborno.
De acordo com Ferrando, os agentes agiram de forma “íntegra” e prenderam o traficante, que foi surpreendido com a ação. O delegado afirmou que a equipe foi formada por policiais que já haviam investigado crimes de 157 e que tinham “expertise” para reconhecê-lo. Ferrando trabalhou por três anos na delegacia da Rocinha (11ª DP) antes de ser transferido para a unidade de Copacabana.
No momento em que foi preso, Rogério Avelino de Souza estava escondido sozinho no cômodo de uma casa que teria sido invadida e foi encontrado pelos agentes escondido em um cobertor.
A polícia quer investigar o vínculo da pessoa responsável pelo imóvel com o traficante, mas o delegado já afirmou que não há relação familiar entre eles.
Rogério 157 foi preso durante uma operação conjunta que envolveu as polícias Civil, Militar e Federal, além da Força Nacional e das Forças Armadas.
O Disque-Denúncia oferecia uma recompensa de R$50.000,00 por informações que levassem a prisão do procurado, que vinha sendo rastreado desde os confrontos ocorridos na Rocinha em setembro deste ano.
O traficante, que já foi aliado de Nem da Rocinha, hoje disputa o controle da comunidade com o ex-parceiro. Após ser preso, 157 foi encaminhado para a Cidade da Polícia, localizada na zona norte do Rio.