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Aluna baleada por colega em escola de Goiânia faz 14 anos internada em hospital


G1

Publicada em: 24/10/2017 08:37:11 - Atualizado

BRASIL- A estudante Marcela Rocha Macedo, uma das baleadas por um colega de 14 anos que abriu fogo no Colégio Goyases, em Goiânia, e matou dois alunos, completa 14 anos nesta terça (24).

Ela segue internada no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), onde se recupera dos disparos. Para o pai dela, Mauri Aragão Macedo, o simples fato da filha apresentar uma melhora no quadro clínico já é motivo de comemoração.

A adolescente foi transferida da UTI para um leito de enfermaria na segunda-feira (23). No último boletim médico, divulgado na tarde do mesmo dia, a unidade informa que Marcela tem estado de saúde regular e respira espontaneamente.

Mauri diz que a garota ainda reclama muito de dores por conta de uma perfuração no pulmão e de duas costelas quebradas. Porém, afirma que a situação é comum para quem está se recuperando desse tipo de ferimento.

"Às vezes ela grita com dor, mas, infelizmente, os médicos falaram que esse é o processo", destaca.

Além de Marcela, outras duas alunas feridas ainda estão internadas. Isadora de Morais, 14, também está no Hugo. O quadro dela também é regular. Ela está em um leito da UTI humanizada. "A gente acredita que não demora uma recuperação melhor, não", Odair José dos Santos, tio da menina.

A única que não foi levada ao Hugo é Lara Fleury Borges, de 14 anos, que está se recuperando em um apartamento do Hospital dos Acidentados. O estado dela também é regular.

O único ferido que já teve alta foi Hyago Marques, 13, no domingo (22). Já em casa, ele afirmou que perdoa o colega autor dos disparos, mas que "nada justifica a reação dele".

Atentado

O crime aconteceu no fim da manhã de sexta-feira (20) em uma sala de aula do 8º ano do Colégio Goyases, no Conjunto Riviera, em Goiânia. Os tiros foram disparados no intervalo entre duas aulas. Morreram os estudantes João Pedro Calembo e João Vitor Gomes, ambos de 13 anos.

Segundo o delegado Luiz Gonzaga Júnior, responsável pelo caso, o autor dos tiros disse que sofria bullying de um colega e, inspirado em massacres como o de Columbine, nos Estados Unidos, e de Realengo, no Rio de Janeiro, decidiu cometer o crime. Filho de policiais militares, ele pegou a pistola .40 da mãe e a levou para a unidade educacional dentro da mochila.

O pai do adolescente prestou depoimento à polícia e negou que soubesse que o filho sofria bullying. Disse ainda que nunca ensinou o filho a atirar e que ele pegou a arma descarregada sobre o guarda roupas e a munição em uma gaveta trancada após procurar e achar as chaves.

O aluno, que estava apreendido na Delegacia Estadual de Apuração de Atos Infracionais (Depai), foi transferido para um centro de internação onde irá cumprir a decisão de internação provisória expedida pela Justiça.

O que se sabe até agora:

Veja a sequência dos fatos:

  • Colegas relatam que ouviram um barulho
  • Em seguida, os alunos viram o adolescente tirando a arma da mochila e atirando
  • Alunos correram para fora da sala de aula
  • O aluno descarregou um cartucho, carregou o segundo e deu um tiro, mas foi convencido pela coordenadora a parar de atirar
  • Estudante foi levado para a biblioteca até a chegada dos policiais

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