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porto velho, sábado 23 de novembro de 2024
BRASIL- O fim do imposto sindical, extinto na reforma trabalhista, deve afetar a saúde financeira de sindicatos, federações e centrais sindicais. O imposto era responsável por cerca de 30% a 50% da receita dessas entidades, segundo estimativa do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
“O contingente de trabalhadores que vai continuar a contribuir é pequeno, o repasse será muito menor. Podemos ter sindicatos fechando, vai ser difícil”, afirmou o diretor-técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio.
Desde que entrou em vigor, em 11 de novembro, a nova lei trabalhista acaba com a obrigatoriedade do repasse sindical, mas a contribuição ainda pode ser feita de forma voluntária.
Para se adequar à nova realidade financeira, as entidades sindicais podem ser obrigadas a lançar mão de medidas que elas próprias costumam combater, como demissões e planos de demissão. Segundo o Dieese, 100 mil trabalhadores diretos e indiretos dos sindicatos e centrais podem ser afetados até 2018.