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porto velho, sábado 23 de novembro de 2024
A Força Aérea Brasileira (FAB) divulgou nesta segunda-feira (22) um relatório no qual informou que não há registro de pane ou mau funcionamento no sistema do avião que caiu com o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), em janeiro do ano passado.
Teori e mais quatro pessoas morrreram no acidente, em Paraty (RJ). Segundo a FAB, embora o piloto do avião, Osmar Rodrigues, fosse "experiente", na hora do acidente as condições de visibilidade eram "restritas".
Saiba abaixo os principais pontos do relatório da FAB:
Segundo o coronel Marcelo Moreno, responsável pela investigação, a apuração da FAB identificou que a visibilidade na baía de Paraty estava abaixo da recomendada para operações.
Segundo Moreno, essas informações estavam disponíveis ao piloto do avião.
O coronel disse, ainda, que Osmar Rodrigues tinha quase 7,5 mil horas de voo e, somente na aeronave que caiu, KingAir C90, quase 3 mil horas.
Segundo o coronel da FAB, Rodrigues pilotava o avião desde 2010 e, nos 12 meses anteriores ao acidente, havia feito 33 voos com destino a Paraty – o piloto estava com a documentação em dia.
O acidente completou um ano no último dia 19 e, nesta segunda, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) da FAB apresentou o relatório sobre as investigações.
O Cenipa não aponta culpado num acidente aéreo. Apresenta fatores que contribuíram para a causa do acidente, de forma a evitar novos desastres aéreos.
De acordo com o relatório do Cenipa, a principal causa da morte das cinco pessoas a bordo do avião foi politraumatismo, ou seja, os impactos causados pela queda da aeronave.
"Ainda que tenha sido divulgado que um dos tripulantes foi encontrado com vida 40 minutos após o acidente, o afogamento foi causa acessória do acidente. A causa mortis foi politraumatismo", disse Marcelo Moreno nesta segunda.
Em janeiro de 2017, o avião com o ex-ministro decolou do Campo de Marte, em São Paulo, com destino a Paraty, no Rio de Janeiro.
Chovia forte na hora do pouso, e o piloto chegou a arremeter e tentar pousar novamente, quando a aeronave caiu no mar.
Além de Teori, então relator da Operação Lava Jato no STF, morreram o empresário Carlos Alberto Fernandes Filgueiras, a massoterapeuta Maira Lidiane Panas, a mãe dela – Maria Ilda Panas – e o piloto Osmar Rodrigues.
Após a morte do ministro, coube ao presidente Michel Temer indicar um substituto para a Corte. O escolhido foi o então ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, que teve o nome aprovado pelo Senado. Moraes herdou cerca de 7,5 mil processos.