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    porto velho, domingo 12 de maio de 2024

Acusada de contratar corretor de imóveis por R$ 200 mil para matar namorado é solta

Anne Cipriano Frigo deixou a prisão na terça (10). Empresária é acusada de contratar o corretor de imóveis Carlos Alex Ribeiro de Souza...


G1

Publicada em: 11/08/2021 10:34:38 - Atualizado

BRASIL: A Justiça mandou soltar na terça-feira (10) a empresária Anne Cipriano Frigo, de 46 anos, que estava presa preventivamente acusada de contratar o corretor de imóveis Carlos Alex Ribeiro de Souza, de 28, para matar seu companheiro, o segurança Vitor Lúcio Jacinto, 40, em 16 de junho em São Paulo.

Carlos confessou ter atirado nas costas de Vitor quando os dois foram olhar um imóvel para comprar e continua preso preventivamente. O corpo da vítima foi encontrado em 18 de junho, parcialmente queimado, perto da represa de Guarapiranga, na Zona Sul. O corretor declarou à Polícia Civil que foi contratado por Anne para assassinar o namorado dela porque ele a traía com outras mulheres. Pelo crime, receberia R$ 200 mil. O dinheiro, no entanto, não teria sido pago.

Em seu interrogatório, Anne negou à investigação ter contratado Carlos para matar Vitor, que era amigo do casal. Ela tinha uma união estável com o segurança e afirmou que o corretor se sentia atraído por ela e lhe confessou que cometeu o crime por conta própria.

Atualmente, a empresária e o corretor são réus no processo pelo qual respondem por homicídio doloso qualificado, roubo, ocultação de cadáver e fraude processual. Anne e Carlos haviam sido presos em 29 de julho.

Em sua decisão de revogar a prisão preventiva de Anne, o juiz Marcus Alexandre Manhães Bastos, determinou algumas medidas cautelares, entre elas, que a ré entregue seus passaportes; não deixe a capital sem autorização judicial; permaneça em sua residência aos finais de semana, feriados e durante a noite; e também não frequente estabelecimentos que vendam bebidas alcoólicas.

De acordo com a acusação feita pelo Ministério Público (MP), há outras provas do envolvimento de Anne e Carlos no assassinato de Vitor além da confissão do corretor. São vídeos de câmeras de segurança, depoimentos de testemunhas que relatam que a empresária e o segurança discutiam e trocas de mensagens de celular entre os investigados e parentes da vítima.

Os celulares dos acusados foram apreendidos. Segundo o Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), Carlos usou o celular da vítima para trocar mensagens com a empresária. Os acusados também teriam se passado por Vitor após seu assassinato, respondendo recados dos parentes dele.

Além disso, no carro de Carlos foi encontrada a cápsula de uma arma que pode ter sido usada para matar Vitor.

O advogado Celso Sanches Vilardi, que defende Anne, reafirmou nesta terça ao G1 que sua cliente continua se declarando inocente das acusações e que "ela foi solta".

A defesa de Carlos não havia sido localizada para comentar o caso até a última atualização desta reportagem.

Casal se conheceu por aplicativo

Anne é conhecida na capital paulista como uma empresária que foi dona de um espaço cultural e de lazer para crianças na Lapa, Zona Oeste.

Além disso, ela também teve negócios no ramo de papelão. Atualmente morava num apartamento luxuoso, na Vila Nova Conceição, na Zona Sul, próximo ao Parque do Ibirapuera.

Segundo a polícia, ela conheceu Vitor por meio de um aplicativo de relacionamento. Ele trabalhava como segurança num restaurante.

Além de dar presentes caros ao namorado, como carros de luxo, a empresária, que é formada em direito, mantinha o aluguel da casa onde Vitor residia, em Alphaville, condomínio fechado de alto padrão na Grande São Paulo.

Dois dias após o crime, Anne comemorou seu aniversário com uma grande festa, de acordo com a investigação.



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