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porto velho, segunda-feira 13 de maio de 2024
O presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) de Contagem, Miguel Ângelo Andrade, foi acusado de estupro e agressões pela ex-companheira Lyvia Prais, de 27 anos. Ela afirma que os episódios de violência aconteceram entre 2013 e 2015, quando os dois moravam juntos.
“Foram chutes, socos, mordidas no rosto, soco no olho, puxão de cabelo, os próprios tapas na cara que foram os que começaram [as agressões]. [Miguel Ângelo Andrade] quebrava coisas dentro de casa, inclusive, a última vez que aconteceu, ele quebrou muita coisa dentro de casa e minha mãe saiu com a roupa do corpo lá de Timóteo pra vir me buscar”, disse ela.
A mulher também afirma que foi estuprada. O homem nega as acusações, que chamou de "mentirosas".
Antes de gravar entrevista, Lyvia já havia feito vídeos e divulgado em uma rede social, falando sobre as agressões. Um dos vídeos foi compartilhado pelo Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais.
Ela disse que fez isso para servir de exemplo para outras mulheres.
"Agora eu estou bem. Agora eu superei. E é por isso que eu preciso fazer justiça, se não por mim, por todas, por quem passa por isso, por quem passou por isso, por quem morreu por isso. As coisas precisam mudar", diz ela.
O relato foi feito seis anos depois das agressões. Lyvia Prais diz que ainda guarda os registros das marcas que ficaram das brigas com o ex-companheiro, com quem viveu quase três anos. Ela diz que foi estuprada, na última discussão, antes de sair de casa.
"Eu tinha decidido, já tinha alugado apartamento. No último dia de casa, que a minha mudança já estava embalada, ele me estuprou. Eu acordei de madrugada com ele em cima de mim, enfim, consumando, mas eu não tive coragem de dizer pra minha mãe, que chegou junto com o caminhão de mudança de manhã", disse ela na entrevista.